maxon Story

Romeo — O assistente do futuro

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A empresa francesa Aldebaran quer desenvolver robôs que possam apoiar os idosos nas tarefas domésticas e até tornarem-se seus amigos. Romeo é um grande passo nesta direção. Este robô humanoide é totalmente acionado por motores maxon.

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RE-max 17 GB
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Nao, o irmão mais novo de Romeo. Os motores maxon DCX serão utilizados no próximo modelo. Imagem © Aldebaran

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Parece um rapaz. 146 centímetros de altura e com características faciais suaves, que tornam a sua aparência amigável. E isto é intencional. Porque Romeo não é um ser humano, mas um robô humanoide que foi desenvolvido para cuidar de pessoas idosas.

A investigação nesta área está ainda numa fase inicial. Mas isto não está a atrasar a empresa francesa Aldebaran, que vê os robôs assistentes como a próxima revolução industrial, seguindo os passos do carro, do computador e do smartphone. Pois a idade média da população mundial está a aumentar exponencialmente e em breve haverá uma escassez considerável de pessoal de saúde. O objetivo dos robôs humanoides é colmatar esta lacuna. E neste desenvolvimento, Romeo será uma peça importante do puzzle.

Romeo lê as emoções humanas

O robô será utilizado como um assistente para pessoas idosas em sua casa, permitindo-lhes viver de forma independente durante mais tempo. “Romeo será capaz de subir escadas, apoiar pessoas enquanto caminha ou buscar objetos de uma outra divisão de forma independente”, afirma Rodolphe Gèlin, Chefe de Desenvolvimento na Aldebaran. Além disso, podem lembrar aos seus proprietários das suas consultas ou dizer-lhes quando têm de tomar os seus medicamentos. O robô faz tudo isto sempre com um certo toque humano. “Romeo consegue ler as emoções da pessoa que está à sua frente e adapta o seu comportamento em conformidade. Não o encaramos como um mordomo, mas mais como uma companhia que cuida do seu amigo humano”.

A ldebaran tem vindo a trabalhar no Romeo desde 2009, mas só este ano foi apresentado ao público como uma versão revista. Há um motivo para o longo período de desenvolvimento. Os responsáveis pelo desenvolvimento já tinham muita experiência graças ao seu trabalho com Nao, o irmão mais novo de Romeo, que vendeu mais de 3000 exemplares. Mas não é assim tão fácil fazer um robô maior. Os responsáveis pelo desenvolvimento não foram capazes de simplesmente transferir a tecnologia de Nao, com os seus 57 centímetros e um peso de cerca de cinco quilos, para um modelo maior. Inicialmente, as pernas eram um desafio particular para os engenheiros. Pois o peso de Romeu torna-o muito mais lento e difícil de controlar. É também uma questão de segurança. Quanto maior e mais pesado for o robô, maiores serão os riscos, em caso de queda ou colisão. No entanto, era importante para os responsáveis pelo desenvolvimento de Aldebaran que Romeo atingisse um determinado tamanho. Afinal, tinha de ser capaz de abrir portas e agarrar objetos de uma mesa sem qualquer problema.

37 motores DC movem Romeo

Em comparação com Nao, Romeo necessita sobretudo de motores maiores e mais potentes. Assim, Aldebaran contactou a maxon e juntos encontraram o acionamento adequado para cada articulação do robô. 37 motores de corrente contínua da Suíça foram agora instalados, incluindo dez RE 40 e RE 25. Além disso, os engenheiros utilizaram diferentes dimensões dos tipos RE-max, bem como cinco motores DCX. Estes últimos são particularmente eficientes e, sobretudo, conhecidos pela facilidade com que podem ser configurados online.

A Aldebaran já trabalhou com a maxon para o robô Nao e tem, por isso, uma opinião positiva sobre os micromotores:

“A elevada qualidade dos acionamentos é uma garantia de fiabilidade”.


Rodolphe Gèlin, Chefe de Desenvolvimento na Aldebaran

Todos os acionamentos utilizados têm algo em comum: possuem escovas e estão equipados com o enrolamento especial não ferroso, o que lhes confere um excelente comportamento de controlo e os torna perfeitos para utilização em robótica. Gèlin afirma: “Para nós, é importante que os motores sejam tão pequenos e leves quanto possível em relação à sua potência. E têm de ter um elevado binário a baixa velocidade para que a relação de redutor permaneça pequena”. Uma vantagem disto é que o feedback de força é obtido sem a utilização de um sensor. Nos motores maxon, a corrente é proporcional ao binário. Através da corrente, o comando obtém a informação de que Romeo atingiu um obstáculo ou colidiu.  “Por segurança, este é um fator crucial”.

Uma plataforma de investigação para laboratórios

Até agora, foram concluídos sete Romeos, quatro dos quais seguem caminho para vários laboratórios europeus. Durante os próximos dois anos, os laboratórios trabalharão intensivamente na sua capacidade de caminhar, navegação e interação homem-robô, e trocarão continuamente os resultados entre si. Uma vez que Romeo serve como plataforma de investigação, nunca será produzido em massa na sua forma atual. Na verdade, a ideia é poder alcançar importantes progressos no campo dos robôs humanoides através da cooperação internacional. Os resultados dos próximos anos deverão ser incorporados no desenvolvimento de futuros robôs. Rodolphe Gèlin afirma: “Queremos beneficiar da investigação e construir os nossos futuros produtos com base nos desenvolvimentos alcançados”.

Mas isso não significa que Romeo tenha sido construído apenas para fins laboratoriais. Os resultados da plataforma de investigação serão continuamente implementados no mesmo. A partir de 2016, a título experimental, Romeo será efetivamente utilizado como assistente de pessoas idosas, abrindo-lhes portas, transportando garrafas ou simplesmente sendo um bom amigo.

Autor: Stefan Roschi

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